Sunday, December 2, 2018

Sobre o governo de 2019

O cenário mais esdrúxulo se realiza e os Bolseiros assumem controle do condado. Ok, é injusto o trocadilho com a linhagem de Bilbo, pois apesar de pequenos e menosprezados, eram bondosos, generosos e heróicos, enquanto que aquele que, infelizmente, não habita reinos fictícios cumpre o clichê caricatural. Sempre foi pequeno e desvalido por natureza, mas os arquitetos do destino, possivelmente encabeçados por Loki, decidiram que o ser mesquinho, ressentido e colérico teria a chance de acessar o poder institucional da presidência da dita república tupiniquim.

Findo o desabafo, resta registrar previsão, após breve preâmbulo. Desde o pico de produção e emprego de 2014, a economia nacional tem enfrentado anos de recessão e crescimento pífio. Com a base ainda abaixo do pico, é natural que o país experimente crescimento nos próximos anos, ainda que inercial. Além disso, as propostas do bolseiro Guedes de enfraquecer a proteção dos trabalhadores e obliterar a seguridade social acarretará estímulo de curto prazo. Assim, é possível que o primeiro mandato seja marcado por emprego crescente, com crescimento menos acentuado da massa salarial, e - por conseguinte -, melhora da expectativa de crescimento.

Entretanto, não se trata de inovação tecnológica ou adoção de novas tecnologias. Ainda, não se trata do fortalecimento do mercado consumidor, aliás, é o contrário, trata-se da precarização do consumo.
Infelizmente, a nova revoada do frango nacional pode ser o suficiente para reeleger o líder Bolseiro. Todavia, seu segundo mandato não será tão alvissareiro. Pois, ficará claro que o Brasil não despontou em setor algum em que a excelência tecnologica é fator preponderante, o que fez com que o país continuasse na categoria de tiro curto (trocadilho não intencional?).

Especificamente, ficará claro que o pais perdeu a chance de ser protagonista em setores como inteligência artificial e energia sustentável, por apostar em receituário de um anacrônico consenso que deixou de ser consensual por falhar reiteradamente.

Parece o Brasil de sempre. Sinceramente, desejo estar errado, mas não acho que estou.

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