É difícil deixar de deplorar uma instituição como o Papado, em que - supostamente - um homem poderia ser eleito por outros homens, para representar Deus e o Cristo.
Entretanto, com certa medida de discernimento, é possível deplorar a instituição e louvar as iniciativas tomadas pelo seu titular, no caso, aquele que escolheu homenagear Francisco de Assis - uma das únicas figuras católicas dignas de admiração.
O Papa Francisco tomou, em junho de 2015, duas medidas positivas. A primeira é a criação de um tribunal que julgará os bispos que acobertarem casos de abuso sexual.
A segunda é a edição da encíclica Laudato Si, que clama enfaticamente por esforços no sentido de reduzir as emissões de gases que contribuem para o aquecimento global.
Embora não tenha simpatia alguma pela Igreja Católica - considerando seu sombrio histórico de Inquisidora e leniência em relação a governos como o III Reich -, ela tem influência sobre cerca de 1,2 bilhão de pessoas.
Assim, a encíclica idealizada pelo Papa Francisco aumentou sensivelmente as chances de sucesso da COP21, que ocorrerá em dezembro de 2015 em Paris.
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