Transcorridas poucas horas da
divulgação do resultado oficial das eleições presidenciais de 2014, foi ao ar o
dominical ‘Manhattan Connection’.
Ainda que se ignorassem os
espasmos ideológicos do mais caricato deles, parecia ser consenso entre os personagens
do programa que os números das urnas poderiam ser resumidos na frase “é o bolsa família, estúpido” e outras derivadas, em uma clara alusão à expressão cunhada
pelo estrategista da campanha de Bill Clinton em 1992, “it’s the economy, stupid”.
Sem excluir o peso do bem-sucedido
programa de transferência de renda, os dados exigem que se sopese outros
fatores como a melhora no mercado de trabalho e a redução das desigualdades –
embora ainda tímida. O quadro com que se defrontou o eleitor, a despeito dos
reiterados escândalos de corrupção e da deterioração dos indicadores
macroeconômicos, foi o seguinte:
1. As
pessoas que integram o grupo dos 70% menores rendimentos experimentaram
crescimento da renda acima da média nacional entre 2004 e 2012. Dessa forma,
ganharam maior participação no total.
2 . O
emprego formal cresceu cerca de 50% entre 2003 e 2013.
3. O
número de desocupados às vésperas da eleição era próximo da metade daquele de
2003.
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